Com a máquina de grande porte, a empresa gráfica de Maringá coloca projeto em prática e amplia produção para atender as áreas promocional e editorial
Seguindo a tendência econômica e a perspectiva de investimento em máquinas e equipamentos modernos, a Gráfica e Editora Clichetec adquiriu e já opera a máquina Man Roland 306 LVT. A aquisição de grande porte faz parte de um projeto de ampliação e renovação de seu parque gráfico para a produção com alta qualidade e rapidez.
A nova aquisição da Clichetec imprime 6/0, 5/1 e 4/2 cores com adição de verniz em linha, com secagem por infravermelho. A área de impressão é de 59x74cm, com duas reversões e velocidade de 15.000 folhas/hora. Possui lavadores automáticos de blanquetas e rolaria, todos climatizados, além da troca de chapas automática e entrada e saída altas non stop. O comprimento total da impressora chega a 13,45m e pesa 37,5 toneladas.
“O equipamento oferece grande produtividade com elevada qualidade na confecção de catálogos, folders, livros em policromia e outros impressos de ótimo padrão, em alta velocidade”, explica o editor e proprietário José Antonio Moscardi. O investimento, segundo o empresário, é parte do projeto de expansão da empresa que, para a chegada da Roland, teve que praticamente dobrar o espaço físico das instalações atuais. Ele prevê uma expansão de 30% do faturamento no primeiro ano.
Novas máquinas de apoio para o setor de acabamento foram adquiridas nos últimos meses pela Clichetec para dar suporte à Roland 306. Outros equipamentos serão agregados nos próximos meses e o projeto ainda prevê a aquisição de mais uma máquina do mesmo porte da 306 para 2012. Oito novos colaboradores foram contratados para compor o quadro de funcionários da empresa. “O mercado é muito dinâmico e cada vez mais exige produtos de alta qualidade com preços competitivos. As empresas precisam responder a esta demanda, com produtividade, agilidade e ótimo atendimento. Investir em inovação tecnológica e na qualificação do pessoal são atitudes imprescindíveis neste processo”, diz Moscardi.
Sobre a recorrente questão ambiental, Moscardi disse que a Clichetec já se preparou além das exigências legais. “Executamos um projeto ambiental, conduzido por engenheiros do setor, e dispomos de certificação pela coleta de rejeitos químicos por empresas especializadas. Além disso, utilizamos tinta atóxica em nossos impressos e diversos insumos têm orientação, composição e atitude ecológica responsável”, afirma Moscardi.
Setor em crescimento
Desde 2006 o setor industrial gráfico responde ao bom momento vivido pela economia brasileira, que mesmo no curto momento de crise, conseguiu superar as adversidades do mercado. Os impressos editoriais estão entre as linhas de produtos e serviços que mais contribuíram para o crescimento das receitas do setor, com a participação de 31% do total.
Impressos promocionais e comerciais ficaram em segundo lugar, com 30%, seguidos pelas embalagens, com 28%. As indústrias em geral são a principal clientela do setor gráfico, sendo responsáveis por 35% de seu faturamento. O varejo contribuiu com 26%; as agências de propaganda com 9%; o governo com 7%; e as editoras com 6,8%, segundo estudo setorial realizado pelo Sebrae e pela Associação Brasileira da Indústria Gráfica (Abigraf), publicado no último ano.
Maringá e Região
Atualmente existem na região de Maringá cerca de 200 empresas representadas pelo SINGRAMAR. Como reflexo do mercado brasileiro, a maioria dos empreendimentos é de pequeno porte e sobrevive do próprio mercado regional. “Ainda temos poucas empresas maiores que atendem clientes de outros Estados. De toda forma, o setor acompanha o restante da economia e a perspectiva na região é fechar 2010 com crescimento de 3%”, acredita o diretor financeiro do SINGRAMAR, Urbano Rampazzo.
Para o presidente do Sindicato, João Moço, micros e pequenas indústrias gráficas geram grande impacto positivo no segmento. “Os micro e pequenos empreendimentos empregam mais. Por outro lado, precisamos buscar mecanismos para o desenvolvimento dessas empresas, como crédito facilitado, redução de impostos e incentivo à capacitação de colaboradores”, acrescenta.